quarta-feira, 10 de julho de 2013

Polônio


Historia
O Polônio foi descoberto em 1898 por Pierre e Marie Curie.
Chamado de radio F, mas tarde renomeado em homenagem a terra natal de Marie (Polônia)
Este elemento foi descoberto pelo casal Curie quando investigavam a causa da radiatividade da pechblenda. A pechblenda, após a remoção do urânio e do rádio, notou-se uma substância mais radiativa que o urânio e o rádio juntos. Este fato implicou-os a procurar o novo elemento.
Na primeira tentativa de isolar o polônio foi tratado cerca de uma tonelada de minério ate obter uma pequena quantia de um metal 400 vezes mais radioativo que o urânio.
O primeiro elemento a ser descoberto graças à sua radioatividade
Reconhecido 1905 como elemento.

Altura em que recebeu a sua posição definitiva na tabela periódica, no grupo do selênio e do Telúrio
Característica principal
À temperatura ambiente, o polônio encontra-se no estado sólido.
Nome/Símbolo/ Numero
Polônio/Po/84
Configuração eletrônica
[Xe]4f14, 5d10, 6s2, 6p4
Serie Química
Calcogênio
Ponto de Fusão
527 K (254 OC) (porque)
Grupo/Período/ Bloco
16/6/p
Ponto de Ebulição
1235 K (962 OC) (porque)
Cor e Aparência
Prateado
Eletronegatividade
2,0 (Pauling)
Massa Atômica
209 u
1a Potencial de Ionização
812,1 KJ/mol (porque)

Radioativo dissolvendo-se facilmente em ácidos diluídos, porém só é levemente solúvel em álcalis. Um miligrama deste metaloide emite tantas partículas alfa quanto 5 gramas de radio. Uma única grama de polônio-210 gera 140 watts de energia térmica. Uma grande quantidade de energia é libertada pela deterioração de apenas meia grama, alcançando rapidamente uma temperatura acima de 750 K.( procura em C)
Eletropositivo
Rede Cristalina Cúbica




Ocorrência
 Raro na Natureza O polônio é um elemento muito raro na natureza, sendo encontrado nos minérios de urânio em aproximadamente 100 microgramas por tonelada. Sua abundância natural é de aproximadamente 0,2% do rádio.
Em 1934, uma experiência demonstrou que quando o bismuto natural (Bi-209 ) é bombardeado com nêutrons ocorre a produção do Bi-210, que é a mãe do polônio. O polônio pode ser criado em quantidades de miligramas mediante este procedimento, usando o fluxo elevado de nêutrons encontrados nos reatores nucleares. Atualmente é preparado desta forma.
 Pechblenda  (Minério de Urânio)
É uma variedade, provavelmente impura, de uraninita.
O Brasil é dono da quinta maior reserva de urânio do mundo, de aproximadamente 300 mil toneladas.
Isotopos
Existe uma variedade de Isótopos todos radioativos.
O polônio tem muitos isótopos que são radioativos. Existem 25 isótopos conhecidos do polônio, com números de massa que variam de 194 a 218. O Po-210 é o isótopo natural mais comum (É um emissor de partículas alfa. A energia liberada é grande ). Uma cápsula com cerca de meio grama atinge temperaturas acima de 500°C. Forma também uma luminescência azul, devido à excitação dos átomos dos gases que a cercam.), Po-209 e o Po-208 podem ser obtidos pelo bombardeamento do chumbo ou berílio com partículas alfa, próton ou deutério num ciclotron. Entretanto, a produção destes isótopos é muito cara.
Isótopos
Abundancia Natural
Meia-Vida
208 Po
Sintético
2,898 anos
209 Po
Sintético
103 anos
210 Po
Sintético
138,376 dias

Manuseamento de miligrama ou micrograma de polônio-210 é muito perigoso, e requer a utilização de equipamento especial

Aplicações

Pequenas quantidades adicionadas as velas ( eletrodos de ignição de motores de combustão interna ) melhoram o desempenho destes dispositivos.
Fonte de Nêutrons quando misturado ou em liga com o berílio.
Agente Antiestético.  Produzidas nas indústrias de laminação de papel, laminação de plásticos e fiação de fibras sintéticas na indústria têxtil, entre outras.
Pilhas Nucleares 


Proposto a ser usado como gerador termoelétrico em satélites Como quase toda a radiação alfa pode facilmente ser parada por recipientes comuns e, ao colidir contra as superfícies destes libera energia, o polônio é pesquisado para ser usado como uma fonte de calor para a fabricação de pilhas termoelétricas de pouco peso que seriam usadas em satélites artificiais.

Curiosidades
A grande fonte de contaminação humana é por tabaco.

 O polônio é usado no tabaco com arsênico e naftalina, que é uma das principais causas de câncer para quem fuma. A máxima quantidade permissível para ingestão é de apenas 6,8 10-12 g. Em peso, representa um perigo 2,5 1011 vezes maior que o do ácido cianídrico.
Ação Biológica A toxicidade do polônio deve-se quase exclusivamente ao seu isótopo Po 210, devido à sua elevada radioatividade. Quando ingerido, o polônio tende a acumular-se nos rins, no baço e no fígado, causando danos irreversíveis devido à emissão de partículas alfa.
Para a saúde humana, os efeitos podem ser desastrosos. A radiação causa dano severo às moléculas orgânicas

Veneno usado no ex-espião russo Foi também usado como veneno em 2006 na forma de polônio-210 para matar o antigo espião russo do KGB, Alexandre Litvinenko, que acabou por falecer em Londres no dia 23 de Novembro do mesmo ano. O veneno escolhido -- o elemento radioativo polônio -- emite principalmente uma forma de radiação que não afeta quem o carrega, e só tem efeitos (aí sim devastadores) quando o polônio é engolido ou inalado. Também é muito difícil detectar o elemento à distância, o que favorece a discrição indispensável  A radiação alfa é composta por dois prótons e dois nêutrons, partículas 'pesadas' e com carga elétrica. Por isso é que elas "trombam" com os átomos do ar ou da pele e têm dificuldade para atravessar barreiras. No entanto, em proporção bem menor, o polônio-210 (a variante mais comum do elemento) também emite pequenas quantidades de raios gama, bem mais penetrantes.

  • Foi substancia radioativa usado por Rutherforde (na descoberta núcleo do átomo) devido sua alta emissão de partículas alfa α.



Fulerenos da promessa a realidade.

História

A descoberta dos fulerenos ocorreu em setembro de 1985 quando o químico britânico Harold Walter Kroto e os químicos norte-americanos Richard Errett Smalley e Robert Curl, objetivando compreender os mecanismos para a formação de longas cadeias de carbono observadas no espaço interestelar, produziram uma série de estruturas químicas com 44 a 90 átomos de carbono, por meio da irradiação de uma superfície de grafite com emprego de laser num jato pulsado de hélio de alta densidade, a uma temperatura de 10.000°C.
Como a forma mais abundante de fulereno encontrada nesse experimento foi o C60, esta foi batizada primeiramente de “buckminsterfulereno” em homenagem ao arquiteto norte-americano Richard Buckminster Fuller, célebre pelos seus trabalhos dotados de cúpulas geodésicas.
Pelo fato de apresentarem propriedades físicas e químicas únicas, que poderiam ser exploradas em várias áreas da eletrônica, bioquímica e da medicina, a descoberta dos fulerenos valeu a Kroto, Curl e Smalley o Prêmio Nobel de Química em 1996.

Aplicações

Retomando nossa ideia de que cada molécula de um fulereno pode ser comparada a uma pequena gaiola esférica, é fácil imaginar esta gaiola sendo preenchida com átomos, íons ou moléculas que podem ser transportados pelos mais variados sistemas com o objetivo de cumprir as mais variadas funções.
Vamos aos exemplos mais importantes:
  • Construção de chaves para memórias de computadores: É o exemplo de aplicação dos metalofulerenos, onde se encerra dentro das moléculas de fulereno íons metálicos, tais como o lítio, ferro, etc. com o objetivo de alterar seu comportamento elétrico e magnético.
  • Transporte de quimioterápicos que seriam liberados apenas quando em contato com células portadoras do câncer, com a minimização dos efeitos colaterais destes medicamentos sobre as células saudáveis.
  • Transporte de antivirais e antibióticos que seriam liberados apenas quando em contato com o agente patológico, com a minimização dos efeitos colaterais destes medicamentos sobre as células saudáveis.
  • Transporte de agentes antioxidantes em cosméticos, que seriam liberados apenas quando em contato com os radicais livres, otimizando a ação rejuvenescedora dessas preparações.
  • Transporte de combustíveis gasosos para foguetes (como o hidrogênio, por exemplo) na câmara de combustão, que proporcionariam uma queima mais eficiente minimizando o risco de acidentes de lançamento.
  • Transporte de agentes lubrificantes para regiões dentro de motores, mancais, engrenagens, etc que são submetidos a extremos de temperaturas.
Além do mais, Stephen Wilson, químico da Universidade de Nova York chama as nano esferas de fulerenos de “molecular pincushions”, ou seja, espécie de alfineteira molecular, na qual os alfinetes seriam os grupos moleculares funcionalizantes.
Como consequência disso a tecnologia dos fulerenos acena com a produção de uma nova geração de antivirais ( como por exemplo, no combate à AIDS) e também de quimioterápicos muito mais poderosos.

domingo, 7 de julho de 2013

Curiosidades sobre as Bebidas Alcoólicas

Você que sempre está em uma festa e quer deixar o clima um pouco mais animado, e escolhe um certo tipo de bebida. Hoje vamos aprender um pouco sobre um elemento que contem em quase todas as bebidas alcoólicas; o CARBAMATO DE ETILA (EtOCONH²).

O Carbamato de etila ou uretana é um composto potencialmente carcinogênico e forma-se naturalmente em alimentos tais como: pão, iogurte, vinho, cerveja, saquê e, principalmente, em
bebidas fermento-destiladas tais como uísque, rum, vodca, grapa,
cachaça, e tiquira (aguardente de mandioca).
Sendo o Brasil um dos maiores produtores de destilados alcoólicos do mundo, é muito importante o conhecimento dos níveis de ocorrência de uma substância potencialmente carcinogênica como o
carbamato de etila em tais produtos, pois além dos aspectos ligados à saúde pública, a sua presença em concentrações superiores a 0,150 mg L-¹ constitui também uma barreira para exportações para a Europa e América do Norte.

Na parte experimental todos os reagentes utilizados foram de grau analítico. O carbamato de etila foi adquirido da Sigma-Aldrich. Utilizou-se etanol Mallinckrodt e água destilada desionizada em sistema Milli-Q.

Se você tem mais curiosidades sobre o Carbamato de Etila, acesse o site: http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v25n6b/13120.pdf